Gavetas
Meu crânio é cheio de gavetas. Quase todas impenetráveis ao escrutínio de outras pessoas. Às vezes impenetráveis a mim mesma. Enferrujadas ou com puxadores quebrados, permanecem meses sem que se abram,e quendo quero enfiar lá alguma idéia, ou retirar algum pensamento, é que percebo que gavetas são excelentes lugares para se guardarem roupas. Porque me confundo toda quando não há lugar para colocar o que quero, porque essa mania de classificar e separar o que sinto está me enlouquecendo, porque as coisas todas apenas são como um rio que vai e vai e vai, e não dá pra pegar um punhado de água e enfiar dentro de uma caixa. E é isso que tento fazer com tudo que está acontecendo agora.
(Aprendizados são difíceis mesmo. Tenho medo do que posso aprender : preferia saber tudo já. Mas não sei, sei que não sei, sei que açoites de consciência são necessários. Ainda assim fechada, gavetas travadas porque me custa a vida abri-las.)
Quebrar o crânio, quebrar as gavetas. Deixar os pensamentos se misturarem, colorirem-se. Pra que possam virar borboletas.
É isso. Asas.E não chaves.
(Aprendizados são difíceis mesmo. Tenho medo do que posso aprender : preferia saber tudo já. Mas não sei, sei que não sei, sei que açoites de consciência são necessários. Ainda assim fechada, gavetas travadas porque me custa a vida abri-las.)
Quebrar o crânio, quebrar as gavetas. Deixar os pensamentos se misturarem, colorirem-se. Pra que possam virar borboletas.
É isso. Asas.E não chaves.
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