Peixe, eu?
Eu não tenho respostas possíveis à violência das ondas.
Eu não entendo
a mim , ao mar,
ao mundo que parece extraviar-me.
.
Se não vôo,
cavo buracos imensos .
Neles encontro ouro,
pedras preciosas, grutas subterrãneas.
Entro no reino de Plutão:
O peso daquilo que sou,
E não quero deixar de ser.
Não peça a uma macieira para que ela dê pêssegos.
Aceite-a como macieira,
experimente seus frutos,
esqueça o gosto daquilo que suas raízes,
suas folhas,
seus galhos
não farão jamais.
Porque não é de sua natureza.
Uma semente sabe o seu vir-a ser.
Eu sei o meu.
Saiba.
.
Ou então:
.
não sou concha,
peixe, caranguejo,
veleiro, tronco que flutua.
porque sou tigre,
raiz, pedra, cachorro,
gato, casa:
Coisas que a força das águas
arrasta e mata.
.
Gosto de ser o lugar para onde se volta.
Gosto de ser o chão que te impulsiona o salto.
E a cama macia onde se deita.
Se preferir a loucura,
não a tenho.
Macieira, lembra?
Sou a ordem, não o caos.
E você é meu espelho: refletindo o que não sou -
meu cérebro ao contrário.
.
Posso apagar todas as palavras que já disse, e trocá-las pelas três que são só verdade, e não exercicios verbais.
Eu amo você.
Ponto.
2 Comentários:
foi violento sim.
Ta sé to aqui pra avisar q leio sempre mas q nunca sei o q comentar a vergonha tb me impede beijos tati =***
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